#BusinessTools 4—Business Model Canvas (Parte 2)
O melhor plano é não desistir diante dos percalços ao longo da caminhada.
Este é o segundo post sobre a ferramenta Business Model Canvas da nossa série #BusinessTools. No primeiro post, publicado na semana retrasada, discorremos sobre a ferramenta seguindo nossa métrica habitual; ou seja, respondendo as questões: o que é; para que serve; quando aplicar e como aplicar. Neste último post da série explicaremos cada uma das atividades do quadro. Vamos juntos!
Como já dito, a ferramenta Business Model Canvas ou Quadro de Modelo de Negócios, basicamente, é um plano de negócio operacionalizado através de um “tabuleiro” composto por nove blocos que descrevem as atividades essenciais para a elaboração do plano de negócio, como ilustrado na imagem acima.
Além da facilidade de visualização de cada área do plano de negócio, o preenchimento das atividades necessárias para a construção do plano, torna-se uma tarefa divertida que envolve todos os colaboradores. Os blocos são desenvolvidos da seguinte forma:
Parcerias-Chave
Diz respeito às alianças estratégicas com parceiros que propiciem benefícios mútuos. As organizações, quando compartilham conhecimentos e tecnologias através de alianças estratégicas, aprendem e aumentam a sua competitividade. As duas perguntas fundamentais a serem respondidas nesta etapa é:
- Quem possui a expertise e tecnologia capaz de agregar valor ao meu produto/serviço?
- O que podemos oferecer em contrapartida?
Atividades-Chave
As Atividades-Chave dizem respeito àquelas atividades indispensáveis que garantem o bom funcionamento do empreendimento. Por exemplo, se o negócio disponibiliza um canal para vendas online; a Atividade-Chave é manter este canal em pleno funcionamento 24h por dia todos os dias; logo, a manutenção do mesmo é uma Atividade-Chave. Dessa forma, estratégias devem ser elaboradas, no sentindo de garantir a execução destas atividades.
Recursos-Chave
A primeira coisa que nos vem à cabeça quando falamos em recursos é dinheiro. Entretanto, numa linguagem organizacional, recursos referem-se aos meios através dos quais toda e qualquer organização funciona. Eles dizem respeito às estruturas físicas e instalações; expertises; finanças; pessoas; marcas e patentes e tudo o mais que possa ser traduzido em um meio através do qual a organização tenha um bom ou mau desempenho. Dessa forma, descobrir e alinhar o Recurso-Chave para o negócio é fundamental para o sucesso.
Oferta de Valor
A Oferta de Valor pressupõe o valor que os produtos/serviços oferecem no sentindo de atender às necessidades, anseios e desejos do público alvo. Em outras palavras, os benefícios entregues ao mercado, através dos produtos/serviços oferecidos, têm que ser percebidos claramente pelo mercado e, obviamente, por todas as pessoas dentro da empresa. Além disso, o mercado e os colaboradores têm que ter a visão clara do diferencial do produto/serviço oferecido capaz de suplantar a concorrência.
Relacionamento com o Consumidor
Vivemos o que os especialistas chamam de “long term marketing relationship era” (a era de relacionamentos de marketing de longo prazo). Portanto, o bloco Relacionamento com o Consumidor visa estabelecer estratégias que fidelize os clientes. Segundo pesquisas, é 5 vezes mais barato manter um cliente do que conquistar um novo. Sendo assim, criar estratégias que estreitem os laços comerciais entre empresa-cliente de longo prazo; é um diferencial importante na disputa de novas fatias de mercado.
Canais
Canais são definidos como os meios através dos quais se cria facilidades de consumo. Dessa forma, engloba desde a propaganda e publicidade até os pontos de venda. A forma com que a comunicação com o mercado é feita e a forma com que o mercado tem acesso aos produtos têm que estar em consonância com o valor oferecido. Ou seja, se a oferta de valor do produto oferecido (seu benefício), através do qual as necessidades, anseios e desejos do mercado serão atendidos for, por exemplo, rapidez no acesso ao produto/serviço; o canal de distribuição tem que se adequar a isso.
Segmento de Clientes
A fatia de mercado (nicho de mercado) é definida neste bloco. O intuito prioritário é, uma vez a fatia de mercado ter sido definida, desenvolver o negócio sob a perspectiva do cliente; ou seja, meu produto/serviço deve ser capaz de atender as necessidades, desejos e anseios do meu nicho de mercado de forma superior a dos meus competidores.
Estrutura de Custos
O bloco Estrutura de Custos analisa toda a cadeia econômico-financeira do negócio, desde a sua implementação até um tempo previsto determinado para o retorno sobre o investimento. O propósito é atestar a viabilidade econômico-financeira do negócio. Sendo assim, os custos variáveis e fixos, assim como também as margens de contribuição e lucro; devem ser considerados. Nesta etapa, uma assistência técnica de um contabilista ou financista é requerida. Em resumo, a Estrutura de Custos nos permite vislumbrar a performance mínima necessária para a geração de recursos financeiros capazes de cobrir as despesas operacionais.
Fluxo de Receitas
Em complemento ao bloco Estrutura de Custos, o Fluxo de Receitas permite uma visão clara de entrada de recursos financeiros, assim como também uma visão do número mínimo necessário de clientes para geração de lucro. Numa linguagem mais clara, a Estrutura de Custos são as saídas enquanto o Fluxo de Receitas, as entradas. A análise de ambas nos permite um quadro de viabilidade econômico-financeiro claro da organização.
Concluímos aqui nosso estudo sobre a ferramenta Business Canvans. Como dito, ela sugere a participação de todos os colaboradores na execução do processo. Sendo assim, a nossa sugestão é que sessões de brainstorming sejam organizadas, onde cada colaborador preencherá os nove Blocos do Módulo. A partir daí, todos os resultados são “peneirados” e analisados para que as melhores estratégias sejam colocadas em curso.
Divirta-se com a brincadeira e sucesso no seu plano de negócio. Até a próxima!
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