#BusinessTools 2 – Balanced Scorecard (BSC)
“Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se”. (Soren Kierkegaard)
Dando continuidade à nossa série #BusinessTools, hoje falaremos sobre o Balanced Scorecard. Como mencionado no post anterior, onde estudamos a ferramenta SWOT Analisys, estamos desenvolvendo uma série de posts, sob o título de #BusinessTools, onde estudaremos várias ferramentas da Administração. Seguiremos sempre, até a última publicação da série, a mesma métrica que é responder às seguintes perguntas relacionadas às ferramentas:
1 – O que é?
2 – Para que serve?
3 – Quando aplicar?
4 – Como aplicar?
Hoje a ferramenta da vez é a conhecidíssima Balanced Scorecard ou simplesmente BSC. Bora trabalhar?
1 – O que é?
Ao contrário do que se pensa BSC não é uma estratégia de negócio. É uma ferramenta de avaliação para medir o desempenho da estratégia implementada. Dessa forma, através de indicadores exclusivamente quantitativos, esta ferramenta mede o desempenho empresarial. A teoria foi desenvolvida pelos renomados Robert S. Kaplan, professor da Harvard Business School e David P. Norton, presidente da Renaissance Solutions no ano de 1992. Os parâmetros escolhidos para medir o desempenho organizacional são: financeiro; clientes; processos internos e aprendizado e crescimento. A ideia é determinar, de forma balanceada, a relação de causa e efeito entre os quatro parâmetros.
2 – Para que serve?
Como dito, é uma ferramenta de avaliação que sob a ótica de quatro indicadores, equilibradamente integrados, avalia a estratégia empresarial. As expectativas por cada indicador é distribuída da seguinte forma:
- Ótica Financeira: Traça metas que, quando alcançadas, atestam o sucesso do plano para os acionistas.
- Ótica de Mercado: Estipula quais necessidades e desejos dos clientes devem ser atendidos para que os resultados financeiros sejam alcançados, o que demonstra que o plano está sendo bem sucedido para os acionistas.
- Ótica dos Processos Internos: Determina que os processos devem ser sistematizados, eficazes e, sobretudo, confiáveis de tal forma que as demandas dos clientes e acionistas sejam atendidas adequadamente, o que assegura o resultado financeiro expectado.
- Ótica da Aprendizagem: O ambiente organizacional deve ser voltado para o constante aprendizado o que assegura a inovação, que proporciona a criação de vantagens competitivas sustentáveis, que se traduz em dividendos para os acionistas.
3 – Quando aplicar?
Considerando o BSC como uma ferramenta de avaliação, podemos afirmar que sua aplicação deve ser constante. Uma vez a estratégia ter sido elaborada e implementada, seu desenvolvimento deve ser monitorado sistematicamente através das quatro perspectivas determinadas pela ferramenta (perspectiva financeira; clientes (mercado); processos internos e aprendizado e crescimento).
4 – Como aplicar?
Tal qual a SWOT Analisys, estudada no post anterior, #BusinessTolls 1, todo o pessoal deve ser engajado na tarefa. Desta forma, um diagnóstico do cenário atual da organização deve ser elaborado considerando as quatro perspectivas. Uma vez desenhado o quadro atual da organização, é hora de estabelecer as metas para cada um dos parâmetros. Uma vez as metas terem sido estabelecidas, o passo seguinte é elaborar as estratégias para alcançá-las. Finalmente, monitorar sistematicamente o desenvolvimento do plano e o atingimento das metas.
Segue uma lista de questões que você deve considerar no momento do diagnóstico das quatro perspectivas. Lembrando que a lista é uma sugestão, apenas:
Perspectiva Financeira:
- Qual é o faturamento médio mensal da empresa ($)
- Qual é a taxa de crescimento médio mensal da empresa (%)
- Qual é o faturamento anual da empresa ($)
- Qual é o faturamento médio anual da empresa ($)
- Quanto meu custo fixo representa do faturamento total (%)
- Quanto é o meu custo variável ($)
- Quanto meu custo variável representa do faturamento total (%)
- Qual é a minha margem de contribuição (Valor das Vendas – (Custos Variáveis + Despesas Variáveis) (%)
- Qual é o meu ponto de equilíbrio financeiro (Faturamento mínimo necessário para cobrir todos os custos e despesas operacionais) ($)
- Qual é o meu lucro operacional médio (Resultado final depois de cobertos todos os custos e despesas operacionais) (%)
Perspectiva Mercadológica (Cliente):
- O atendimento ao cliente segue um padrão preestabelecido
- Nossos produtos atendem às necessidades do cliente
- A organização é altamente focada no cliente
- Competidores com preços mais baixos estão entrando no mercado
- Vendas de produtos similares aos nossos (substitutos) estão crescendo
- O mercado está crescendo mais devagar do que esperávamos
- Tornamo-nos vulneráveis às mudanças tecnológicas e de mercado
- Não conseguimos acompanhar os novos apelos de mercado
- Nossos consumidores estão cada vez mais exigentes e nós não conseguimos atendê-los adequadamente
Perspectivas dos Processos Internos:
- Somos “travados” por problemas operacionais internos
- As publicações internas são informativas e úteis
- Nosso sistema de informação é sistematizado
- As informações são distribuídas, em tempo hábil, para a pessoa certa no local certo
- As informações financeiras são facilmente acessadas
- Nosso dia-a-dia de trabalho segue um sistema organizacional que flui adequadamente
Perspectiva da Aprendizagem:
- Nosso ambiente de trabalho é voltado para o aprendizado
- Acompanhamos de perto a evolução tecnológica do nosso segmento de mercado e estamos sempre aptos a explorá-las
- Temos um cronograma de treinamento interno
- Aprendemos com as nossas experiências e com as dos outros
- Desenvolvemos métodos de trabalho próprios baseados em nossa expertise
Feito o diagnóstico, como já dito, é interpretar as informações levantadas e partir para a elaboração das metas para cada indicador. Tente aplicar na sua organização e, se alguma dúvida surgir, pode entrar em contato para juntos tentarmos esclarecer. Fique à vontade! Será um prazer interagir com você nesta jornada. Sucesso e até a próxima ferramenta: #BusinessTools 3—Modelo das 4 Ações.
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