Bendita Zona de Conforto! Por que isso que é ruim é tão bom?

Bendita Zona de Conforto! Por que isso que é ruim é tão bom?

 “Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço” (Romanos 7:19)

Somos resistentes às mudanças. Deixarmos as nossas aconchegantes zonas de conforto e nos lançarmos às novas possibilidades; nos causa calafrios! É impressionante como nos adaptamos ao que não é bom e nos acomodamos às situações desagradáveis. Ainda não aprendemos, muitos de nós,  que mudar é um processo contínuo ao longo de nossas vidas, em todas as suas áreas. É a condição; queiramos ou não. Não é possível obtermos resultados diferentes fazendo sempre a mesma coisa.

Encerramos, no post anterior a este, uma sequência de publicações descrevendo nosso programa de Educação CorporativaTurning Point Program (TPP) que tem por objetivo fundamental iniciar um processo de MUDANÇA estrutural e filosófica no ambiente corporativo. Neste post, refletiremos sobre as questões que permeiam o processo de mudança.

Zona de Conforto

Ao longo dos meus mais de 30 anos de experiência profissional, sempre que converso com as pessoas sobre mudanças e apresento nosso programa de Educação Corporativa, o entusiasmo pela ideia é flagrante. Fico sempre boquiaberto com a convicção que as pessoas têm de que deixar a zona de conforto e “aventurar-se” por novos caminhos e métodos; é imperativo. Mas fico igualmente boquiaberto em constatar que elas simplesmente não fazem isso!

Por esta razão observamos, muitos de nós, o tempo passar passivamente “confortáveis nos nossos cantinhos” sob auto promessas que nos acalentam, mas nunca se concretizam, de que começaremos a praticar uma atividade física; iniciaremos aquela dieta; aprenderemos outro idioma; faremos aquele curso, aquela faculdade, aquela pós; transformaremos nossos hábitos ruins em bons…  Por que resistimos tanto às mudanças?!

Vamos Refletir

Obviamente este cenário não se aplica a todas as pessoas e organizações. É fácil diferenciar quem já aprendeu a vencer a condição inerte da zona de conforto e fez da mudança uma condição de vida, daqueles que ainda não alcançaram este estágio. Está estampado na cara! Não sei em que patamar você e sua organização se encontram, mas seja lá qual for, lembre-se: nada é tão bom, que não possa ser melhorado; da mesma forma que, nada é tão ruim, que não possa ficar ainda pior.

Neste post, quero “desafiá-lo(a)” a uma reflexão baseado na assertiva do Apóstolo Paulo em sua carta aos Romanos: “Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço” (Romanos 7:19).

Vamos começar refletindo sobre como está seu ambiente de trabalho (talvez pegar uma caneta e uma folha de papel agora seja bom, mas não essencial):

Como é o meu ambiente de trabalho?

    • Amigável?  Hostil?
    • Seguro? Inseguro?
    • Divertido? Sem graça?
    • Motivante? Tedioso, enfadonho?
    • Gratificante? Ingrato?
    • Dinâmico? Rotineiro?
    • Sincero? As relações são baseadas na confiança mútua. Ou falso? As pessoas não confiam umas nas outras.
  • Para finalizar: Eu gosto do jeito que o meu ambiente de trabalho está? Ou eu gostaria que ele fosse diferente?

Ainda em relação ao seu ambiente de trabalho:

  • Você quer construir um ambiente de trabalho gerador de vantagens competitivas sustentáveis?
  • Você acredita que as pessoas são o maior patrimônio de sua organização?
  • Você acredita que as pessoas são importantes e talentosas, mas ainda não são mobilizadas à ação?
  • Sua organização ainda não consegue administrar conflitos interpessoais dentro do ambiente de trabalho, adequadamente?
  • Você acredita que sua organização pode, e deve, melhorar algumas práticas?

Depois de refletir sobre o ambiente de trabalho de sua empresa, ou da empresa para a qual você colabora; qual a conclusão que você chega?

  • Estamos muito bem, obrigado;
  • Estamos bem, mas podemos melhorar e o faremos isso por nós mesmos;
  • Estamos bem, mas precisamos de ajuda para melhorar;
  • Não estamos bem, mas um dia passa;
  • Não estamos bem, mas sabemos como melhorar por nós mesmos;
  • Não estamos bem e precisamos de ajuda para melhorar

Agora, convido você a refletir sobre você:

  • Você acha que traçar objetivos pessoais é importante?
  • Você costuma traçar objetivos pessoais, para todas as áreas de sua vida?
  • Se sim; você os registra por escrito ou os guarda na memória?
  • Quando foi a última vez que você fez isso?
  • Você faz isso de forma sistemática através de algum método?
  • Se você tem o hábito de traçar objetivos pessoais; você consegue realizá-los, ou eles nunca saem do papel?
  • Se você consegue realizá-los; por que você acha que isso acontece?
  • Se você NÃO consegue realizá-los; por que você acha que isso acontece?

Ainda em relação a você:

  • Você acha que você precisa objetivar sua vida de forma sistemática?
  • Você acredita que seria mais bem sucedido(a) se tivesse o hábito de traçar objetivos para todas as áreas de sua vida?
  • Você acredita que a realização dos seus objetivos depende única e exclusivamente de você?
  • Você acredita que a realização dos seus objetivos depende de você, mas os outros exercem também influência neste processo?
  • Você acredita que a realização dos seus objetivos depende única e exclusivamente dos outros e na maioria das vezes as pessoas não ajudam e, na verdade, atrapalham?
  • Você acredita que pode, e deve, melhorar algumas de suas práticas pessoais em relação à elaboração e à realização dos seus objetivos?

Depois de refletir sobre você; qual a conclusão que você chega:

  • Minha vida pessoal é objetivada
  • Traço meus objetivos pessoais sistematicamente
  • Não traço objetivos pessoais e nem preciso disso
  • Traço objetivos pessoais sem nenhuma sistematização
  • Não traço objetivos pessoais porque não sei como fazer

Este post é um convite à reflexão. Na verdade, ninguém muda ninguém. A mudança é uma decisão pessoal e intransferível, única e exclusiva, do indivíduo. Mas também é verdade que, em alguns casos, um empurrãozinho vai muito bem. Por esse motivo elaboramos uma série de questões para que você reflita sobre a pergunta: Por que somos tão resistentes às mudanças? Espero que esta reflexão traga à tona elementos esclarecedores quanto à necessidade de mudanças e a nossa resistência a elas através das nossas benditas zonas de conforto! Sucesso e até a próxima

2020-03-30T16:09:10-03:00 23 de abril, 2018|Educação Corporativa|2 Comentários

2 Comentários

  1. Almir 23/04/2018 at 15:18 - Reply

    Fantástico! Essa reflexão estrapola o ambiente de trabalho e pode, tranquilamente, ser usada para a vida pessoal também.
    Parabéns!

    • Ary Moreira 23/04/2018 at 15:52 - Reply

      OPA! Fico feliz que você tenha gostado do post, Almir. Legal também sua percepção de que é um conteúdo que extrapola a esfera profissional. Mais uma vez, Obrigado e sucesso!

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