Você sabe o que é Hakuna Matata? Histórias que inspiram! (Parte 1)
“When you feel like hope is gone. Look inside you and be strong. And you’ll finally see the truth. That a hero lies in you” (Mariah Carey). (Quando você sente que a esperança se foi. Olhe dentro de você e seja forte. E você finalmente verá a verdade. Que um herói repousa em você)
Dando sequência à nossa série de quatro posts falando sobre esse tema tão importante que diz respeito à capacidade que algumas pessoas, instituições e nações têm de dar a volta por cima diante dos revezes enfrentados; vamos, nos próximos três posts da série, contar algumas histórias inspiradoras que ilustram o que é, de fato, ser resiliente.
Minha maior ambição com está sequência é mostrar para você que fazer do limão uma limonada não é clichê, não! Em cada um de nós repousa a força que nos torna resilientes, mas é preciso crer que somos capazes de levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima curando as cicatrizes do passado e vivendo um dia de cada vez.
Para você que está chegando agora segue o link do primeiro post: Você sabe o que é Hakuna Matata? A arte de ser resiliente!
Bethany Hamilton—Unstoppable
A manhã do dia 31 de outubro de 2003 em Tunnels Beach, Kauai-Hawaii parecia uma manhã comum na vida da menina Bethany Hamilton. A jovem surfista havaiana, filha de uma família de surfistas, mais uma vez acordou cedo e foi para o mar, com sua melhor amiga, seu pai e o irmão de sua amiga. Mas aquela manhã reservava o maior revés da vida de Bethany.
Depois de muita diversão, ela estava deitada em sua prancha, ao lado da amiga, descansando e curtindo o momento após muitas ondas surfadas. Com os braços relaxados na água e, talvez, pensando o quanto a vida naquela região era divertida e prazerosa; como ela era feliz em poder, de manhã, surfar com a família…
Quando tudo parece acabado!
O ataque de um tubarão tigre de 4,5 metros, na maioria das vezes, não deixa sobrevivente. Considerando uma menina de apenas 13 anos; as propabilidades de sobrevivência são muito raras. A valente Bethany resistiu. Teve seu braço esquerdo arrancado no ataque.
Seu pai, que já estava na areia, ao ver o desespero das meninas entrou na água e resgatou a filha. Até chegar ao hospital, Bethany havia perdido mais de 60% de seu sangue. Entrou em choque hipovolêmico. O choque hipovolêmico é a causa principal de morte em pacientes politraumatizados. Bethany insistia em viver. Uma semana após a internação, ela retornava para casa com um propósito. Voltar a surfar.
Bethany não se prendeu ao passado que a mutilou, literalmente, nem tampouco, criou expectativas em cima de um futuro incerto quanto à prática do esporte que ela amava. Simplesmente focou no aqui e agora investindo cada minuto de sua existência em meios que pudessem levá-la de volta ao mar. Treinou incansavelmente; adaptou-se a novos formatos e tamanhos de pranchas; reaprendeu a furar, remar, “dropar” e manobrar uma onda até que, finalmente, voltou a surfar. Hakuna Matata!
A onda perfeita!
Em 2003, um ano após o ataque, Bethany voltou a surfar. Fico tentando imaginar a emoção de dropar uma onda depois de tanta luta para se readaptar. Fico também imaginando o tamanho da resiliência de Bethany. Só sei que é enorme! Voltar ao mar depois de tudo…
No dia 10 de janeiro de 2004, Bethany retorna às competições. Participou do NSSA National Competition conseguindo o 5º lugar. Daí para frente é só alegria. 1º lugar em 2005, na mesma competição, e sempre ficando entre as 5 primeiras colocadas em todas as competições que participou até 2016. Com vários pódios.
Hoje, Bethany tem 29 anos, é casada e mãe de dois filhos. É escritora e palestrante e já teve sua história contada no filme “Soul Surfer – Coragem de Viver” (2011) e em breve, o documentário “Bethany Hamilton—Unstoppable” (2019). Uma história inspiradora cujo lema, segundo ela, é “Fé, Família e Luta para voltar à Prancha”. Hakuna Matata!
É incrível esta história de superação!
Parabéns Ary, por tantas vezes ter que superar adversidades e obstáculos para continuar nos servindo de escritos e histórias que nos inspiram.
Obrigada.
Hakuna Matata!
OPA! Valeu, Joice!