Você é uma pessoa Resiliente?
“Não guardo segredo mas sou bem secreto. É que eu mesmo não acho a chave de mim” (Fagner e Abel Silva)
Neste post, daremos continuidade aos nossos estudos sobre resiliência. Situando você, que pode estar chegando agora, estamos falando sobre resiliência em uma sequência de quatro posts. Este é o segundo da série. No primeiro (clique aqui para acessar), respondemos às seguintes perguntas:
O que é resiliência, segundo a Física?
Como as Ciências Humanas descrevem o termo resiliência?
Quando tudo está acabado?
Vai durar para sempre?
Encarar aquilo que é inevitável ao longo de toda a nossa existência; ou seja, as adversidades, sob a perspectiva da dimensão exata do problema, sem exageros e fatalismos; nos dá a possibilidade de desenvolvermos nossa capacidade de sermos mais resilientes. Para tal, precisamos identificar exatamente a área de nossa vida que será atingida, sem colocar tudo no mesmo pacote. A partir daí, a cada tombo, “levantamos, sacudimos a poeira e damos a volta por cima”. Você deve conhecer pessoas assim. E também pessoas que não são assim. Em resumo, é possível melhorarmos nesse aspecto.
O que fazer quando o tempo parece não passar?
Todos nós sabemos que infortúnios da incontrolável vida que levamos causam feridas, muitas delas bastante profundas, nas pessoas, nas organizações e nas nações, mas as feridas cicatrizam-se e curam-se com o tempo. Entretanto, o tempo é, ao contrário do que se pensa, uma medida subjetiva. Em outras palavras, um ano para quem tem dezessete é um oceano de eternidade e um ano para quem tem sessenta é uma gota de tempo. Passa muito rápido.
Sendo assim, ser resiliente é, entre outras coisas, ter a capacidade de interpretar o tempo com exatidão. O que foi não é mais, e o que será, só Deus sabe. Remoer dores do passado é tão terrível quanto sentir hoje a dor-de-barriga de amanhã. “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.” (Mateus 6:34). A dor da pancada é inevitável, o sofrimento é uma escolha.
Como nos tornamos MENOS resilientes?
Se buscarmos no dicionário o antônimo de resiliência encontraremos palavras bastante esclarecedoras tais como—Imaleável; rígido; duro; suscetível; vulnerável; fragilidade; frágil; fraqueza; comodismo; vulnerabilidade; conformismo; choramingão. Diga-se de passagem, chorar sobre o leite derramado (por longos períodos!) é característica básica de quem é imaleável; rígido; duro; suscetível… o que causa danos sérios à saúde. Há quem diga que o câncer é o “entristecimento das células”. Claro que é um dito popular, mas faz sentindo.
Dr Paul Stoltz, PhD (2000) diz que “a função e a saúde de todas as células do corpo-mente sofre influência da reação do indivíduo aos fatos da vida”. Não vamos explorar a complexidade do sistema neurológico humano neste post para esclarecermos o fato de que sofremos consequências orgânicas quando não somos resilientes. Todos nós sabemos que a infelicidade faz mal à saúde mesmo!
Trocando em miúdos…
Resumidamente, a assertiva do Dr. Stoltz não diz que são as adversidades que causam reações danosas em nosso corpo-mente, mas sim, a maneira com que reagimos aos fatos. Ou seja, não são as adversidades enfrentadas que decidem as consequências que se sofre, mas sim, a percepção e a reação a esses fatos que importam e que exercerão influência sobre todos os sistemas do corpo. Daí os pequenos resfriados, as gripes, as pneumonias…
Não podemos controlar o incontrolável; a vida. Mas podemos controlar as nossas emoções diante dos fatos. Como? Falaremos sobre isso no próximo post, semana que vem. Espero você!
Referência:
Stoltz, P. G. Desafios e Oportunidades – Adversidade: O Elemento Oculto do Sucesso. Rio de Janeiro: Campos, 2000.
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