“Ideias ousadas são como as peças de xadrez que se movem para frente; podem ser comidas, mas podem começar um jogo vitorioso.” (Johann Goethe)
Falamos no post anterior sobre estratégias de Gamification. Definimos o termo, discorremos sobre a eficácia da utilização de tal estratégia, assim como também elucidamos a razão pela qual ela funciona tão bem no mundo corporativo. Dando continuidade ao assunto, neste post trataremos dos cuidados a serem tomados na hora de implementar uma estratégia de Gamification.
1 – Falta de Significado
As estratégias de Gamification não podem ser implementadas simplesmente porque motiva, diverte e engaja o pessoal. Não podemos perder o foco no fundamento da estratégia. Não é uma brincadeira para alegrar a “turma”. Sua utilização, além de motivar os colaboradores à execução de tarefas específicas, também serve como estratégia de marketing na capitação e fidelização de clientes; no engajamento às redes sociais; em aspectos relacionados ao bem-estar e qualidade de vida dos colaboradores, entre outros. Resumidamente falando, é preciso estabelecer primeiro o objetivo que se pretende alcançar ou o comportamento que se pretende mudar ou adquirir com a implementação da estratégia de Gamification para, a partir daí, utilizar os elementos do jogo para impulsionar a ação. Não se trata de jogar por jogar. Tem que ter um significado.
2 – Frequência.
Todo jogo tem um começo, um meio e um fim. Se durar muito tempo pode tornar-se desinteressante ou entediante para os participantes. Pode criar também uma rotina onde vencedores e recompensas são sempre os mesmos desestimulando completamente aqueles que não chegam no “topo da tabela”. Independentemente de ser uma estratégia interna, para mobilizar os colaboradores; ou uma estratégia de marketing junto aos consumidores, exagerar na dose, certamente, transformará o remédio em veneno. Por outro lado, interromper o processo quando as mudanças ainda não foram absorvidas consistentemente, também transforma o remédio em veneno. Há que se ter muita sensibilidade para determinar o “time” certo da duração da estratégia de Gamification.
3 – Competitividade
Estratégias de Gamification não podem tomar um sentido de competição onde poucos vencem e muitos perdem. Não pode funcionar dessa forma. Não é um jogo em si. Apenas os elementos do jogo são utilizados. Ou seja, a dinâmica, a diversão, a motivação, a premiação entre outros aspectos intrínsecos ao jogo. O sistema de pontuação deve ser elaborado de maneira tal que a conquista não aconteça em detrimento da derrota de outrem. É uma competição do indivíduo com o indivíduo. Ou do grupo com o próprio grupo. Não se trata de um contra o outro. Não caia nessa armadilha.
4- Pontuação e Recompensa
Apesar do clima de competitividade entre os participantes não dever ser estimulado, a pontuação e a recompensa têm que estar diretamente atrelada ao desempenho. Não é recomendado (nem um pouco recomendado) sistemas de pontuação que estejam atrelados a outros aspectos que não sejam meritocráticos. A simples participação no jogo, por exemplo, não deve ser um critério. A performance tem que ser o critério.
5 – Aplicabilidade dos Resultados da Estratégia de Gamification
Mais uma vez o assunto é foco. Os objetivos estabelecidos na implementação da estratégia de Gamification têm que ser alcançados. Caso contrário a estratégia não funcionou e deve ser revista. Por exemplo, se através de uma estratégia de Gamification a organização objetivava a mudança de um determinado comportamento por parte dos colaboradores e essa mudança não foi observada; a estratégia tem que ser revista. Tem que se ter muito cuidado para não cair na armadilha de “deixar o jogo rolar” só por que os participantes acham divertido. A continuação do jogo só se justifica se os objetivos expectados forem alcançados.
Esses são os cuidados fundamentais que devemos tomar para que uma estratégia de Gamification seja bem-sucedida. Lembrando sempre que estratégias de Gamification são utilizadas não somente para motivar os colaborares à execução de tarefas específicas do dia-a-dia organizacional. Elas também são muito eficazes como estratégia de marketing na capitação e fidelização de clientes; no engajamento às redes sociais; em aspectos relacionados ao bem-estar do colaborador, entre vários outros. Não é jogar só por jogar. Mas sim, estabelecer objetivos a serem alcançados através dos elementos do jogo.
Como sempre mais um post com dicas importantes e atuais.
Obrigada por sua generosidade em compartilhar conhecimento.
OPA! Eu que agradeço, Joice. Tem sido um prazer compartilhar minhas ideias e um prazer ainda maior quando as pessoas gostam e compartilham. Valeu!