“Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências”. (Pablo Neruda)
Finalizamos com este post nossa série de três sobre o Processo de Contratação. Os dois passos que trataremos aqui são os últimos do processo—A Seleção e a Contratação propriamente dita. Lembrando que no primeiro post tratamos do tópico Recrutamento. Já no post anterior a este discorremos sobre o processo de Entrevista.
Seleção—A Hora da Decisão:
Antes de qualquer coisa, não se deixe levar por preferências pessoais. É comum, depois de ter conhecido mais sobre várias pessoas, que nos identifiquemos mais com essa ou aquela. Por esse motivo, é bom que o candidato seja entrevistado por entrevistadores diferentes. Caso isso não seja possível, fique alerta quanto a esse aspecto.
Não caia na armadilha do “mais ou menos”. Ninguém fica mais ou menos grávida; ninguém é mais ou menos honesto; mais ou menos fiel; mais ou menos ladrão. As coisas são ou não são. Quando você, na avaliação da entrevista, pensar nas características do entrevistado como mais ou menos, tome muito cuidado, pois, provavelmente, você está sendo PARCIAL e você tem que julgar com imparcialidade.
Vale muito a pena ressaltar que, se durante o processo de entrevista, você considerar um candidato muito acima da média, não projete essas expectativas para os demais. Esse tipo de atitude pode fazer parecer que todos os outros são ruins, quando na verdade, aquele candidato, especificamente, é que é muito bom. Nem tampouco, subestime o valor da sua empresa, julgando esse ou aquele candidato como talentoso demais para a sua empresa, caso ele supere os requisitos necessários ao preenchimento da vaga. Se a pretensão salarial dele estiver acima do que a empresa pretende, ou pode pagar, não o elimine; negocie! A decisão de encarar o desafio ou não deve partir do candidato. Não alimente esperanças infundadas, porém não se sinta pequeno demais para tanto talento individual.
Contratação—O difícil momento da Escolha
Antes de decidir, observe com muito cuidado:
- O candidato realmente possui as qualidades específicas para desempenhar a função? Por exemplo: Uma pessoa que detesta cuidar dos outros; tem as qualidades específicas para trabalhar como enfermeiro? Ou uma babá? Ou um vendedor?
- O candidato, apesar de não possuir inteiramente as qualidades específicas para desempenhar a função, tem o potencial para desenvolvê-las a curto prazo?
- O candidato tem espírito cooperativista? Ou seja, demonstrou disposição e receptividade em relação às normas e procedimentos da empresa?
- O candidato foi bem referenciado?
- As referências são boas e fidedignas?
- O candidato demonstrou capacidade de se relacionar bem com os demais membros da equipe? Ou, mostrou-se individualista?
Concluindo, um processo de contratação conduzido dentro do que foi aqui exposto, tem ótimas possibilidades de ser bem-sucedido. Obviamente não é garantia de sucesso, mas se não for criteriosamente elaborado, de acordo que o que aqui foi explicitado; as chances de insucesso são enormes, beirando os 100%!
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