“Uma pessoa que nunca cometeu erros nunca tentou algo novo” (Albert Einstein)
Estamos trabalhando com uma sequência de sete posts, ao longo de sete semanas, descrevendo os sete passos fundamentais para a abertura de um negócio. Semana passada, tratamos do primeiro passo—Brainstorming de ideias. Aí vai o segundo.
2 – Apaixone-se pelo Negócio.
A paixão por algo ou alguém nos impulsiona a fazer coisas que em condições “normais” jamais pensaríamos ser capazes de fazer. Paixão é uma palavra latina, passio, cuja melhor tradução seria sofrimento. Por esse motivo, os cristãos chamam os últimos atos da história de Cristo, que culminam com a crucificação, como a paixão de Cristo. No Grego, paixão é o mesmo que pathe, que tem o mesmo significado do latim.
Entretanto, mais precisamente no século XIV, a palavra paixão foi mudando seu sentido para expressar fortes sentimentos e emoções. Nos tempos modernos, dentre vários sentimentos de alta intensidade, a palavra assumiu o sentido de “sentimento intenso que possui a capacidade de alterar o comportamento, o pensamento etc; amor… excesso de entusiasmo; emoção… adoração por alguma coisa em específico… opinião fervorosa acerca de alguma coisa” (Dicionário Online de Português).
Em resumo, paixão é aquela sensação que sentimos quando estamos perto de quem amamos ou fazendo aquilo que gostamos de fazer de verdade. Não olhamos as dificuldades nem o mal tempo para fazer aquilo, ou estar com aquele alguém, ou estar com aquele alguém fazendo aquilo. Entende? Claro que você entende!
Quando nós descobrimos uma atividade profissional que nos incite esses sentimentos; criamos algo grande e rentável. “Algo que brilha”, como dizia Ford. Uma coisa que nos devolve a felicidade de produzir, aprender e se divertir. Pode ser uma Apple, Google, Harley-Davidson; Ferrari… ou simplesmente o meu “pequeno” negócio, que supre todas as minhas necessidades de sobrevivência e me alegra, me diverte, me motiva, independentemente do seu tamanho. Devolve-me tudo aquilo que o desemprego levou, com juros e correção monetária. Tá vendo como a vida, às vezes, faz escolhas melhores que as nossas? Já imaginou se tudo “tivesse dado certo” e você continuasse naquele emprego?!
Apaixonamo-nos por pessoas e coisas que conhecemos. À medida que estreitamos os laços de intimidade com alguém ou algo, a paixão cresce e, às vezes, vira amor, ou simplesmente se desvanece e se vai.
Sendo assim, depois de ter escolhido o seu negócio no primeiro passo—Brainstorming de ideias; é hora de conhecê-lo melhor. Dessa forma, converse com pessoas que já estão na ativa fazendo as seguintes perguntas:
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Descreva um dia típico do seu trabalho?
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O que mais você gosta de fazer aqui?
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O que você menos gosta de fazer aqui?
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Seu trabalho demanda muito esforço físico e mental? No final do dia você está completamente sem energias para fazer qualquer outra atividade?
Essas são apenas algumas sugestões de perguntas que lhe darão uma ideia geral do negócio que você vai, em breve, estar tocando. O que eu proponho é que você faça um “mine-estágio” para estreitar os laços de intimidade com o seu futuro negócio. Se for possível você passar um dia, ao menos, de trabalho in loco; excelente! Caso contrário, é pesquisando mesmo.
Além de conversar com pessoas do ramo e dispender um dia in loco, se possível; pesquise também na internet e em órgãos públicos as demandas legais que incidem sobre o negócio e o panorama econômico-financeiro, tais como rentabilidade, faturamento médio, margem, etc. Esses aspectos são de extrema valia para ganhar mais intimidade com aquilo que você se dispôs a fazer.
Se depois dessa “viagem” para conhecer o negócio que você escolheu para tocar de agora em diante você perceber que existem demandas para as quais seu perfil não se enquadraria; descarte a escolha e retome ao primeiro passo para selecionar outra opção. Duas coisas são importantes frisar em relação a essa escolha:
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Você está em busca de um meio de vida, não de morte.
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Nada é perfeito neste mundo.
Em resumo, não adiante empreender algo que não lhe entusiasma; não lhe motiva; não lhe diverte; não lhe apaixona! Por outro lado, nada é perfeito. Em algum momento você vai ter que fazer aquilo que lhe desagrada, mas que o seu negócio demanda. Se o custo-benefício deste “trabalho sujo” não lhe tornar uma pessoa estressada, amargurada, mal-humorada… tudo bem. Por outro lado, se você perceber que não vai dar para segurar a onda; pule fora enquanto há tempo!
Agora, se depois de toda essa pesquisa, você perceber que esse novo negócio tem a capacidade de lhe fazer produtivo, que vai lhe ensinar coisas novas e vai lhe divertir; eureka! Você achou o que procurava e está pronto para o próximo passo.
Muito bem, fico feliz que você tenha nos acompanhado até aqui, onde falamos do segundo passo fundamental para empreender um negócio. Na sequência, semana que vem, entraremos no terceiro passo—Desenvolva um Plano de Negócios.
Lembrando que esta é uma sequência de sete posts publicados ao longo de sete semanas discorrendo sobre os sete passos fundamentais para empreender um negócio. Todos os posts estão devidamente “lincados” com os anteriores para facilitar o acesso daqueles que pegarem o “bonde andando”. Ou seja, é possível ter acesso a toda a sequência dos sete passos independentemente de onde você começar o estudo. Conto com sua presença na aula da próxima semana, ok?
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